Após lançarem livro sobre missões, Chryssi e Gideone Rangel criam o Global
Tent Institute, com sede na cidade de Melgaço, onde atuam há cerca de 5 anos.
Uma equipe de voluntários do Global Tent Institute participou da primeira caravana de
2024 para a Ilha do Marajó, no Pará, entre junho e julho, com a intenção de conhecer e
visitar projetos missionários parceiros e o terreno onde será construída a base da
Instituição. O grupo, liderado pelos missionários Gideone e Chryssi Rangel, foi
composto por sete adultos e uma criança, filho dos líderes. Segundo o casal, a
caravana para a Ilha do Marajó é uma oportunidade de as pessoas conhecerem de
perto a realidade do povo ribeirinho e terem experiências únicas, a começar pelo
trajeto da viagem, que leva cerca de 30 horas, partindo do Rio de Janeiro, em três
diferentes transportes, incluindo carro, avião e barco.
Os participantes da missão realizaram diversas atividades na região, como
evangelização das crianças, apoio às programações das igrejas locais e visitas aos
moradores. Contudo, a prioridade nesta edição da caravana era o suporte à “Missão
Jovem”, uma base missionária interdenominacional localizada no Rio Piarim, no
município de Portel, formada por voluntários ribeirinhos, com o objetivo de
evangelizar e apoiar o seu próprio povo. Durante os primeiros dias, os viajantes foram
hospedados por eles, e puderam auxiliar na pintura da nova sede da Organização e
ajudar nas iniciativas infantis. Gideone esclarece que essa visita tinha um propósito
muito específico:
“Nós queremos que esses missionários ribeirinhos nos deem suporte na nossa base na
Ilha do Marajó. É comum muitas pessoas saírem suas cidades para fazer missões
transculturais, com toda a certeza o desafio é maior. O papel do nosso Instituto será
dar subsídio para que eles mesmos possam desenvolver o projeto da nossa
Organização lá na região. Ou seja, todo o tempo de preparação que teríamos para
capacitar alguém de fora vai ser otimizado.”, explica o missionário.
Chryssi e Gideone comentam que hoje o primeiro desafio do Global Tent Institute é
levantar recursos para construção de uma casa para que um casal de missionários local
possa se mudar para o terreno já adquirido pelo Instituto.
“Quando eu vim nesse local do terreno em 2021, aqui só tinha mato, não tinha nada.
Nessa viagem eu convidei dois empresários do Rio de Janeiro a virem conhecer a região
comigo, e a se despertarem a investir nesse local, pela fé. Era um espaço isolado, sem
casa, sem nada, mas desde que coloquei os meus pés nesse terreno eu já comecei a
visualizar o que poderia ser feito. Nós cremos que existe algo lindo para acontecer
nessa região, e que Deus está nos selecionando e convocando para fazer uma grande
obra, e todos que desejarem podem fazer parte disso.”, convoca Gideone.
A equipe de viagem também teve a oportunidade de visitar os moradores dos
arredores do terreno do Global Tent em Melgaço, no bairro Tucumã, e percebeu que o
número de moradores do local está em expansão, principalmente por famílias que
vivem em situação de extrema pobreza e crianças em situação de analfabetismo e
evasão escolar. Aproveitaram a ocasião para apresentar o Instituto e os futuros
investimentos e ações que serão realizados na área.
“Todo o arredor desse terreno vai ser impactado pelas ações do Instituto Global Tent.
Não podemos simplesmente vir e olhar para essa região e pensar que daqui 5, 10 anos
a vida das pessoas dessa comunidade vai estar a mesma coisa… Eu só consigo olhar
para esse local e sonhar, imaginar tudo isso pronto.”, pontua Chryssi Rangel.
Para os missionários locais, muitos nem se perguntam hoje o que aconteceu com
Marajó depois da música que tornou o local tão comentado há poucos meses, e
poucos são os que ainda apoiam as missões realizadas por eles ao povo ribeirinho.
“Quando surgiu essa música, em parte ela realmente tem verdade, mas, em outras,
teve uma grande generalização que já não é a realidade. Antes dessa música surgir, a
gente já estava aqui, já fazia esse trabalho. Quando a música estourou, muitas
pessoas, no calor da emoção, vieram aqui, ajudaram, doaram cesta básica e outras
coisas, e depois sumiram. A meu ver, as famílias não precisam só de cestas básicas,
elas precisam de pessoas que vão apoiá-las, incentivá-las a crescer também. Não é
assim que funciona, vir, doar alimentos e ir embora, acabou a missão. Muitas pessoas
vieram para o Marajó para querer mídia, ganhar likes e desapareceram. Mas eu
também não posso cometer o erro de generalizar e dizer que todos são assim e fizeram
isso, porque realmente tiveram àqueles que entenderam a obra, foram direcionados
por Deus e hoje continuam aqui conosco e nos dão apoio.”, afirma a missionária Melry
Cruz.
Como fundadores do Global Tent Institute, os missionários cariocas entendem a
relevância e investem para promover o desenvolvimento humano e contribuir para
uma melhor qualidade de vida dos ribeirinhos na Ilha do Marajó, através do
empreendedorismo missional, evangelização e capacitação profissional.
“A gente entende que, na verdade, o que precisa ser feito nessa região é gerar
emprego, renda para essa população, para que esse povo possa ter uma perspectiva de
conquistar as suas coisas e, consequentemente, de ter uma perspectiva de uma vida
melhor para eles.”, declara Gideone.
O casal relata que hoje a maior dificuldade é conseguir mantenedores. Eles já estão
recebendo recursos para a obra da casa missionária que será construída, e deixam uma mensagem de convocação para que irmãos se despertem para contribuir financeiramente com missões em nosso país.
“A gente pode fazer mais, a gente pode fazer muito mais! Mas a gente só pode fazer se
um se juntar, e chamar o outro, que chama o outro, que chama mais um, e a gente
fizer uma grande corrente, com muitas pessoas ajudando essa população.”, afirma
Chryssi Rangel.
A missionária Kelly Araújo acrescenta que se for esperar ter uma boa condição
financeira para ofertar, dificilmente alguém se colocará à disposição; que é preciso
contribuir com o que se tem hoje nas mãos.
“Se esperar ganhar 10, 20 mil para doar, talvez a gente nunca vá ajudar. Um pouco
que a gente dá, pode ser muito para um missionário que precisa de pouco mesmo para
comprar um alimento que falta, uma roupa…Vinte, trinta reais já faz a diferença! Ame
missões, seja uma pessoa de coração bondoso; se o Senhor lhe abençoa, abençoe as
pessoas também com um pouco de tudo aquilo que você recebe. Através do bolso das
pessoas que têm recursos, a gente pode alcançar mais gente e o Evangelho pode ir
mais longe.”, acrescenta a missionária local.
Entre em contato com o Instituto Global Tent e faça a sua contribuição para a obra
da casa missionária, a fim de que o povo ribeirinho da Ilha de Marajó experimente o
Evangelho e a qualidade de vida.
Conheça mais: www.globaltentinstitute.org
Doe: Pix – 54.595.149/0001-90 (CNPJ)
Instagram: @globaltentinstitute
Sobre os missionários Chryssi e Gideone Rangel
Pais do Moisés, Chryssi Rangel é jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e
Gideone Rangel é profissional em relações humanas e Marketing. Juntos, trabalham
com comunicação e utilizam suas profissões e talentos para promover o avanço da
obra missionária. Em 2024, lançaram o livro “Eis-me aqui e agora?”, para encorajar
outros cristãos a falarem sobre o amor de Jesus em seu dia a dia, e contar suas
vivências missionárias na Ilha de Marajó e no tempo em que moraram em Nova
Iorque, nos Estados Unidos, onde o livro foi escrito e lançado.
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